Hungria internado após ingerir bebida suspeita com metanol. Cantor faz hemodiálise e tratamento com etanol. Saiba os detalhes e entenda o caso.
O rapper Hungria, de 34 anos, está internado em uma UTI de Brasília com suspeita de intoxicação por metanol. O caso ganhou repercussão após o artista apresentar sintomas graves como náusea, vômito, turvação visual e acidose metabólica, depois de consumir vodca na casa de um amigo.
O cantor, que tem milhões de seguidores e uma legião de fãs, causou preocupação generalizada e teve sua agenda de shows cancelada. Seu irmão afirmou que ele está lúcido, mas segue sob tratamento com hemodiálise e etanol, método pouco conhecido, porém essencial nesse tipo de caso.
Entenda abaixo tudo sobre a internação repentina de Hungria, a possível causa por trás da sua hospitalização e como o tratamento pode salvar sua vida.
Hungria internado com sintomas graves: o que se sabe até agora
Na madrugada da última quinta-feira (2), o rapper Hungria Hip Hop ingeriu vodca supostamente adulterada e acordou com sinais preocupantes: cefaleia intensa, náusea, vômito e visão turva. Leandro Hungria, irmão do artista, confirmou que ele foi levado ao Hospital DF Star e que está sob cuidados intensivos.
Os médicos identificaram um quadro de acidose metabólica, condição em que o sangue se torna extremamente ácido. O tratamento foi iniciado imediatamente com hemodiálise e o controverso, porém eficaz, tratamento com etanol.
Segundo os especialistas, a hipótese de intoxicação por metanol ainda está em investigação. O exame definitivo levará cerca de sete dias para confirmar se o metanol foi realmente ingerido.
Tratamento com etanol: o “antídoto” que surpreende e salva vidas

A endocrinologista Fernanda Parra explicou que, apesar de soar estranho, o etanol é usado em emergências como essa. Ele impede que o corpo transforme o metanol em substâncias tóxicas e letais como o ácido fórmico, que danifica a visão e o sistema nervoso central.
*”O etanol compete com o metanol pela enzima que o metaboliza, retardando sua ação tóxica e permitindo que o corpo o elimine com segurança”*, explicou. Quando combinado com a hemodiálise, o tratamento aumenta as chances de recuperação.
O fomepizol, considerado o antídoto mais eficaz, não está amplamente disponível no Brasil. Por isso, o uso do etanol segue como principal conduta em casos emergenciais, como o de Hungria.
Casos de metanol aumentam: São Paulo já teve mortes confirmadas
Enquanto o caso de Hungria ainda está sendo investigado, São Paulo já contabiliza 52 notificações de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol. Dez desses casos foram confirmados, incluindo uma morte e uma mulher que ficou cega.
Outros estados também estão em alerta. A possibilidade de uma rede de distribuição de bebidas contaminadas tem causado apreensão nacional. O caso do rapper pode servir como alerta para o perigo silencioso que ameaça consumidores desavisados.
Hungria agradece apoio e remarca agenda de shows
Nas redes sociais, a equipe do artista declarou que ele está fora de risco iminente e sendo acompanhado por especialistas. Os shows agendados para este fim de semana foram cancelados por precaução.
O boletim médico, assinado por Leandro Machado, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, informa que a situação está sendo monitorada. *”Foi iniciado tratamento especializado e o paciente está em investigação da etiologia do quadro”*, diz o documento.
Com mais de 12 milhões de seguidores, Hungria é um dos maiores nomes do rap nacional e acumula hits desde os 14 anos. Seu caso mobilizou fãs e acendeu um alerta sobre os perigos da ingestão de bebidas adulteradas.
